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Onde Fica O Coliseu?

: ( Google) 7? () Is it included in the 7 wonder of the world? : ( Google), 7 :.,. – -.-. – ​​. () Bonjour, Les 7 merveilles du monde moderne : La grande Muraille de Chine. Pétra, en Jordanie. La Statue du Christ rédempteur à Rio de Janeiro. Le Machu Picchu. Le site archéologique de Chichén Itza au Mexique. Le Rab Laval. Le Colisée de Rome. Cordialement. (ё 77 ) (1117)

Onde está localizado o Coliseu?

Coliseu de Roma: história e curiosidades Laura Aidar Arte-educadora, fotógrafa e artista visual O Coliseu de Roma ou Anfiteatro Flaviano é um grandioso monumento histórico e arquitetônico de formato cilíndrico que está localizado na capital da Itália: Roma. Onde Fica O Coliseu Crédito: O Coliseu foi incluído pela Unesco na lista dos Patrimônios da Humanidade. Além disso, em 2007 foi eleito uma das,

Você sabia? O Coliseu é também chamado de “Anfiteatro Flaviano” uma vez que a Dinastia Flaviana estava no poder quando ele foi construído.Acredita-se que o nome “Coliseu” surgiu porque ele foi construído sobre o lago da casa de Nero que contava com uma grande estátua do imperador chamada de “Colosso”.

Quantos coliseus tem na Itália?

Seu projeto é simples, mas revolucionário. E sua execução é tão extraordinária que eles continuam servindo de modelo para a construção de estádios até hoje. E as arenas eram muito mais do que um campo de extermínio embebido em sangue. Seu significado simbólico, religioso e político ia muito além de um mero cenário de entretenimento.

  1. Vespasiano foi o primeiro imperador romano que não contava com a legitimidade de ser descendente de Augusto.
  2. Por isso, ele precisava de uma obra que consolidasse o seu governo e a estabilidade da sucessão.
  3. Assim surgiu o Anfiteatro Flávio, mais conhecido como o Coliseu de Roma.
  4. Não foi o primeiro, mas sua capacidade para 80 mil espectadores fez com que se tornasse o maior e mais imponente anfiteatro de pedra da Roma Antiga.

O Coliseu tornou-se imediatamente um símbolo do que era ser cidadão romano. Era onde o governante demonstrava o seu poder ao povo e o povo romano podia sentir seu próprio poder e a glória do império. O Coliseu de Roma também refletia a sociedade romana.

  1. Seus assentos eram dispostos hierarquicamente.
  2. Os ricos e poderosos ficavam nos assentos dianteiros inferiores e as massas, separadas por classes, nos degraus superiores.
  3. A ordem imposta na arena, o controle do organizador dos jogos e a ritualização de um processo caótico e sangrento simbolizavam a ordem imposta à sociedade pelo sistema imperial.

Imagem do Coliseu de Roma em sua construção original. Abaixo, representações de combates entre gladiadores (os ‘munera’), de gladiadores com animais (veações) e entre embarcações marítimas (as naumaquias) — Foto: Getty Images via BBC Fora de Roma, as elites provincianas, na península italiana e fora dela, ficaram ansiosas para demonstrar seu alinhamento e lealdade com o mundo romano.

  • Para isso, elas construíram outros anfiteatros e organizaram jogos.
  • E, quando estavam localizadas em contexto urbano, as arenas quase sempre ficavam na periferia da cidade.
  • Como em muitos aspectos dos jogos e anfiteatros, este era um ato simbólico.
  • O anfiteatro ficava na fronteira em vários sentidos, demarcando o limite entre a vida e a morte, o perigo e a segurança, a ordem e o caos.

Como escreveu o historiador Thomas Wiedemann no seu livro “Emperors and gladiators” (“Imperadores e gladiadores”, em tradução livre), o anfiteatro “era visivelmente o lugar onde a civilização e a barbárie se encontravam”. Os anfiteatros se estenderam por todo o território do império romano.

Existem ainda hoje mais de 200 deles espalhados pelos antigos domínios de Roma. Alguns deixaram apenas um pequeno rastro, mas outros preservam sua gloriosa presença, alguns ainda servindo de cenários para o divino e o profano. Estes são os nove coliseus mais bem preservados fora de Roma. Inaugurado no ano 100 d.C., o anfiteatro de Nimes, na França, ainda hoje é palco de eventos esportivos e concertos — Foto: Krzysztof Golik/Janke via BBC Com 133 metros de comprimento, 101 metros de largura e uma fachada com 21 metros de altura, o anfiteatro de Nimes, no sul da França, ainda conserva seus 34 degraus de assentos.

Neles, mais de 23 mil gauleses e romanos presenciavam os combates entre gladiadores ou animais. Até hoje, a arena é usada para eventos similares. Seu palco elíptico recebe touradas desde 1863, mas também concertos e eventos esportivos. Na Idade Média, o anfiteatro foi transformado em fortaleza e foram construídas residências particulares no seu interior.

As casas foram demolidas em 1809, mas a estrutura sobreviveu. O Anfiteatro de Nimes foi inaugurado no ano 100 d.C., pouco depois do término da construção do Coliseu de Roma. Cerca de 90% dele estão preservados, incluindo quase todos os assentos e as 60 fileiras de arcos externos originais. O anfiteatro de El Jem também é chamado de Coliseu de Thysdrus e, às vezes, de Ksar de Kahina, em homenagem à princesa berbere Kahina.

No século 7º, a princesa uniu as tribos berberes para impedir o avanço dos invasores muçulmanos. Ela se refugiou no anfiteatro com seus seguidores por quatro anos, até que foi derrotada. O Coliseu de Thysdrus é o maior anfiteatro da África e o quarto do mundo, perdendo apenas para os coliseus italianos de Roma, Cápua e Pozzuoli.

  1. Ele fica na Tunísia – em El Jem, a antiga cidade de Thysdrus, que fazia parte da província romana na África.
  2. O Coliseu de Thysdrus é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
  3. Cerca de 70% da sua estrutura estão preservados.
  4. Algumas das suas pedras foram usadas para construir a cidade de El Jem, mas ainda existe parte dos relevos e esculturas da fachada, além dos fossos dos leões e do sistema de canalização e cisternas usado para recolher a água da chuva.

Ele foi inaugurado em cerca de 238 d.C. E, ao contrário de diversos outros anfiteatros, ele não foi construído a partir do subterrâneo, mas acima do solo, com arenito amarelo. A arena tinha capacidade para 35 mil espectadores. Atualmente, 27 mil a 30 mil pessoas podem ouvir no verão, em vez das feras e dos gladiadores, melodias harmoniosas no Festival Internacional de Música Sinfônica de El Jem, todos os anos.

Voltamos ao sul da França, desta vez à cidade que encantou o pintor holandês Vincent van Gogh. Lá ele morou e pintou diversas das suas obras mais famosas. Arles foi fundada pelos gregos no século 6º a.C. Os romanos a conquistaram em 123 a.C. e fizeram dela uma cidade importante e, naturalmente, digna de abrigar um anfiteatro.

Com capacidade para 20 mil pessoas, não é uma das arenas maiores, mas cerca de 90% da sua estrutura estão preservadas, incluindo a maioria dos assentos e grande parte da fachada. Como ocorreu com a Arena de Nimes, a queda do Império Romano do Ocidente no século 5º fez com que o anfiteatro de Arles se transformasse em refúgio da população, abrigando uma fortaleza com quatro torres.

  1. No seu interior, foram construídas mais de 200 casas.
  2. O coliseu passou a ser virtualmente uma cidade murada, com todas as construções necessárias, incluindo uma praça pública e duas capelas.
  3. Mas, a partir de 1825, por iniciativa do escritor Prosper Mérimée, a arena passou a ser monumento histórico nacional.

As casas foram lentamente desapropriadas e demolidas, até recuperar a aparência original do anfiteatro. Como vários outros edifícios romanos da cidade, o anfiteatro é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco. E continua em uso até hoje, para touradas e eventos culturais.

  • Se a questão é permanecer em uso até hoje, precisamos ir diretamente até Verona, na Itália.
  • O anfiteatro da cidade, na Piazza Bra, é certamente um dos mais concorridos, graças à popularidade dos eventos ali promovidos.
  • Com sua impressionante acústica, a arena recebe o Festival de Verona.
  • Os espectadores comparecem para ouvir óperas que começam ao entardecer, sentados nos antigos assentos de pedra e segurando velas quando cai a noite.

E não apenas ópera é apresentada nesta arena da região italiana do Vêneto, construída no ano 30 d.C. Artistas internacionais como Paul McCartney, Elton John e Adele já se apresentaram ali. E o coliseu de Verona também foi escolhido, em várias ocasiões, para receber a chegada da competição de ciclismo Volta à Itália.

  • O anfiteatro conserva 100% dos assentos e a estrutura interna.
  • Mas um terremoto no século 12 danificou os arcos da fachada original.
  • Apenas quatro deles foram mantidos – os demais foram demolidos e seu material foi reutilizado em outros lugares.
  • O anfiteatro de Pula, na Croácia, também conhecido como Pula Arena, é o único anfiteatro preservado que conta com quatro torres e as três ordens arquitetônicas clássicas perfeitamente preservadas na sua altura.

Ele foi alterado diversas vezes ao longo da história, mas a estrutura que se vê atualmente foi inaugurada no ano 81 d.C. Sua fachada é espetacular. A parte mais alta atinge mais de 100 metros, com três níveis de arcos. Sua arquibancada principal acomodava 23 mil espectadores.

Qual o valor do ingresso para o Coliseu?

Adultos: € 16 ( US$ 17). Cidadãos da União Europeia entre 18 e 24 anos: € 2 ( US$ 2,10). Menores de 17 e maiores de 65 anos pertencentes à UE: entrada gratuita.

Qual é o maior Coliseu do mundo?

O Coliseu de Roma é o maior anfiteatro do mundo e um dos maiores símbolos da cidade italiana. Inicialmente, ele possuía três andares e depois foi adicionado outro. O Coliseu possui 45 metros de altura, que corresponde a um prédio de dois andares.

Porque o Coliseu é uma das 7 maravilhas do mundo?

O Coliseu de Roma foi erguido entre os anos 72 e 80 pelos imperadores Vespasiano e Tito e é hoje uma das sete maravilhas do mundo moderno. O Coliseu de Roma é uma construção considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, Seu nome original, em latim, é Amphitheatrum Flavium, que significa Anfiteatro Flaviano, porque ele foi construído durante a dinastia flaviana.

É uma obra pomposa, símbolo do poder na Roma Antiga. Essa edificação passou por terremotos, saques e várias outras adversidades, mas sempre foi constantemente restaurado, o que lhe garantiu a entrada para a seleta lista de sete maravilhas do mundo moderno, estando em visitação até hoje. Na Antiguidade, era utilizado para apresentações, sobretudo simulações de batalhas e lutas de gladiadores.

Veja também: Império Romano — o último período da história da civilização romana

O que destruiu o Coliseu de Roma?

6- Ameaça natural – Uma das curiosidades em relação ao Coliseu de Roma é o que aconteceu para que ele fosse desmoronando ao longo do tempo. O fato é que a obra enfrentou vários terremotos. Historiadores estimam que o primeiro grande tremor aconteceu entre 523 e 526.

Quantos cristãos foram mortos no Coliseu?

As perseguições contra os cristãos constituem um dos acontecimentos mais estudados na História do Cristianismo e na História de Roma. A esse respeito, são inúmeros os documentos existentes desde o início do segundo século de nossa era, tanto da parte dos pagãos, como da parte dos cristãos.

  • Tomando esses documentos por base, cabe a pergunta: qual foi o estatuto jurídico no qual se basearam as autoridades romanas para perseguir os cristãos? Procuro mostrar, neste texto, que de início eram aplicadas contra eles as leis criminais vigentes.
  • Só mais tarde se tornou crime o fato de ser cristão.

Mas leis persecutórias válidas em todo o império apenas surgiram a partir do ano 250, e foram abolidas em 313. Direito romano; Perseguição aos cristãos; História do Cristianismo; Império Romano The persecutions against Christians constitute one of the most studied events in the history of Christianity and in the history of Rome.

From the beginning of the second century onwards, extant documents by pagans and Christians are numerous. Based on these documents, we may ask: what was the legal basis for the Roman authorities’ persecution of the Christians? I try to show in this paper that, initially, established criminal laws were applied.

Only later did it become a crime to be a Christian. However, punitive laws valid in the whole Empire only emerged about the year 250, being abolished in 313. Roman law; Persecution of Christians; History of Christianity; Roman Empire Quando iniciei a redação deste texto sobre o estatuto jurídico das perseguições de cristãos no Império Romano, pensei no número dos justiçados pelo poder público, e veio-me à mente um fato persecutório paralelo: a Inquisição, durante a qual algumas lideranças da Igreja Católica também tiraram a vida de outras pessoas, geralmente pelo crime de dissidência em questões de fé.

Retomei então leituras antigas e, para me atualizar, procurei na Internet o que havia sobre o tema “Inquisição”. Não posso deixar de dizer que me espantei. Um autor afirmou que a Igreja Católica, através da Inquisição, matou entre 70 e 100 milhões de “hereges”. Outro, mais moderado, reduziu a 40 milhões.

Outros aludiram às dezenas de milhares de bruxas queimadas (D. Brown, em O código de Da Vinci, declara que a Igreja queimou mais de 5 milhões de mulheres). A Inquisição não deixa de ser uma página negra na História da Igreja Católica, porém, o número de condenados à morte por ela, e que foram executados, não atingiu 10 mil pessoas 2 2 Estudos recentes de Rino Camillieri, La Vera Storia dell’ Inquisizione, Casale Monferrato, ed.

PIemme 2001, p.17 (cf.: http://www.ibs.it/code/9788838463433/cammilleri-rino/vera-storia-dell.html ), mostram que houve cerca de 50 mil processos, em toda a história da Inquisição, mas apenas uma ínfima minoria acabou sendo levada à morte. Na Espanha, onde mais violenta foi a Inquisição, os condenados à morte foram cerca de 800, o que equivale a 1,8% dos indiciados.

No mesmo site acima indicado, Agostino Borromeo, em uma entrevista, salienta que, na Espanha, as acusações contra bruxas levaram a 49 mortes, na Itália, foram 36 e, em Portugal, 4 (Agostino Borromeo foi o organizador do volume L’inquisizione: atti del Simposio internazionale: Città del Vaticano, 29-31 ottobre 1998, Città del Vaticano, Biblioteca Apostolica.

Esse Simpósio, que reuniu inúmeros historiadores, realizou-se quando da abertura dos arquivos do Santo Ofício, por ordem do papa João Paulo II. Participaram do encontro, como conferencistas ou como especialistas, estudiosos vindos da Itália, França, Espanha, Portugal, Malta, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Dinamarca, República Tcheca, Estados Unidos e Canadá.

Sobre esse tema, em língua portuguesa, cf. também AQUINO, F. Para entender a Inquisição.3. ed. Lorena: Cleofas, 2010; PERNOUD, R. A Idade Média: Que não nos ensinaram. São Paulo: Agir, 1964; ROPS, H.D. A Igreja das Catedrais e das Cruzadas. São Paulo: Quadrante, 1993, v.3.

Isso durante aproximadamente 500 anos. Ora, a Revolução Francesa, em nome de Liberté Egalité, Fraternité, nos poucos meses do Terror, guilhotinou entre 16 mil e 40 mil citoyens. De Mao-Tse Tung, Hitler, Stalin e Pol-Pot, não é necessário falar. E um olhar ao presente mostra Fidel Castro, ainda hoje herói das esquerdas e bajulado por governos, que mandou para o Paredón cerca de 17 mil pessoas, sem falar dos milhares que morreram afogados, ao tentarem fugir da ilha.

E os mártires? Quantos foram os que perderam a vida nas perseguições? A tradição cristã falava em centenas de milhares, em milhões de cristãos que o Império Romano haveria vitimado entre a perseguição de Nero (ano 64 D.C.) e a revogação das leis de Diocleciano pelo edito de Milão, em 313.

See also:  O Que Significa L Ele?

Mas, como aconteceu com a Inquisição, os historiadores dos últimos séculos, dispondo de muitos dados e adotando técnicas modernas de pesquisa, após uma acurada revisão, concluem que o número de mártires foi bem menor, ficando em aproximadamente 18.000.3 3 R. Gonzalez Salinero, (Le persecuzioni contro i cristiani nell’impero romano.

Approccio critico, Graphe. it Edizioni, 2009) afirma que não passaram de 3 mil os mártires cristãos até o edito de 313. Já L.S. Maruotti (Sul fondamento giuridico delle persecuzioni dei cristiani, p.1.), com quem concordo, ressalta que o número de mártires deve ter sido de aproximadamente de 18.000 (disponível em: laura http://www.studitardoantichi.org/einfo2/file/Solidoro.pdf,

  • Acesso em: 25 ago.2013).
  • Texto importante e recente sobre o Cristianismo primitivo encontra-se em PIETRI, L. (Org.).
  • Histoire du Christianisme I, Le noveau peuple (des origines à 250).
  • Paris: Desclée, 2000. Cf.
  • Também JOSSA, G.
  • I Cristiani e l’impero romano da Tiberio a Marco Aurelio.
  • Roma: Carocci, 2000.
  • Em língua portuguesa: DREHER, M.

A Igreja no Império Romano. São Leopoldo: Sinodal, 1993. O que sabemos hoje a respeito dos mártires cristãos durante o Império Romano fundamenta-se em três fontes: a) as fontes romanas, tanto textos escritos como comprovantes arqueológicos (tais como as inscrições das catacumbas); b) a descrição de martírios cristãos em escritores eclesiásticos; e c) as histórias sobre os mártires, conhecidas como “Atas dos Mártires”.

As fontes romanas escritas são relativamente poucas, podendo-se citar, além de inscrições e documentos oficiais, entre outros, os textos de historiadores, como Públio Cornélio Tácito (50-120 DC) 4 4 As datas de nascimento e morte, aqui apresentadas, são quase todas elas aproximadas., Caio Suetônio Tranquilo (69141), Plínio, o Moço (69-114), Dião Cássio (155-230).

Documentos de cristãos dos primeiros séculos, abordando o martírio, são encontráveis em maior número, como, por exemplo, a Carta aos Coríntios do papa Clemente I (35-97), diversos textos de são Justino, Mártir (103-164), de Atenágoras (133-190), de santo Irineu (130-202), de Quinto Tertuliano (160- 220), de Orígenes (185-254), de são Cipriano (200-258), de Lúcio Lactâncio (240320), de Eusébio de Cesareia ( 265- 339).

  • Por eles, temos muitas informações, que precisam, porém, ser lidas com olho clínico.
  • Também sabemos muito através dos Padres da Igreja que se seguiram, como Ambrósio (339-397), Jerônimo (347-420), João Crisóstomo (349-407), Agostinho (354-430) e Paulo Orósio (385-420).
  • Problemáticas se apresentam as histórias de martírio, conhecidas como Acta Martyrum (Atas dos mártires).

Trata-se, na forma como as temos, de narrações de martírios escritas por pessoas que viveram muitas décadas ou séculos depois, as quais, em boa parte dos casos, não possuem fundamento histórico. E tais Acta se encontram em grande número 5 5 Cf., a respeito: LANATA, G.

  1. Gli Atti dei Martiri come documenti processuali.
  2. Milano: Giuffré, 1973.
  3. Muitas vezes, aludem a mártires que não existiram, mas que são muito venerados até hoje, como são Jorge ou são Cristóvão; ou se referem a fatos imaginados, como o de que o profeta Elias, do Antigo Testamento, seria o fundador da Ordem dos Carmelitas; ou repetem histórias idênticas, atribuindo-as a personagens diversas.

Nessas Atas, houve até casos em que perseguidores temidos de uma região aparecem em lugares e tempos bem diferentes em outras. Assim, por exemplo, Anulinus, pro cônsul no norte da África no governo de Diocleciano, foi um modelo de perseguidor cuja atividade se estende até o norte da Itália, e especificamente sob os governos de Nero, Valeriano, Galieno, Maximiano e Diocleciano.6 6 MOREAU, J.

Die Christenverfolgung im Römischen Reich. Berlin: Töpelmann, 1961, p.13, Anulinus teria então vivido cerca de 280 anos! O trabalho crítico de avaliação dessas fontes iniciou-se com os Bollandistas. Em 1643, o jesuíta belga João Bolland, dando prosseguimento ao que iniciara seu confrade Héribert Rosweyde, lançava os dois primeiros volumes das Acta Sanctorum 7 7 Sobre o trabalho dos Bolandistas, cf.

DELEHAYE, H. The Work of the Bollandistes throught Three Centuries: 1615-1915. Bruxelles: Société des Bollandistes, 1959; GODDING, R.; JOASSART, B.; LEQUEUX, X.; DE VRIENDT, F. De Rosweyde aux Acta Sanctorum. La recherche hagiographique des Bollandistes à travers quatre siècles.

  • Bruxelles: Société des Bollandistes, 2009.
  • Desde 1882, é publicada a revista Analecta Bollandiana, com um total de 134 números até hoje.
  • Um resumo da história e do trabalho dos Bollandistas encontra-se na Enciclopédia Católica on-line: http://ec.aciprensa.com/wiki/Bolandistas,
  • Acesso em: 24 ago.2013).

O projeto dos Bollandistas foi o de publicar a documentação referente aos santos do dia, celebrados no Martirológio, não se limitando, pois, apenas aos mártires dos primeiros séculos., que, no total, chegam hoje a 69 volumes. Para tanto, foram vasculhados arquivos em mosteiros, catedrais, bibliotecas e outras instituições de toda a Europa.

Valendo-se do método histórico-linguístico, eles chegaram a resultados inesperados, constatando que, das Atas de mártires que perderam a vida antes do ano de 250 DC, quando da chamada perseguição do imperador Décio, umas poucas possuem fundamento histórico. Até mesmo os relatos autênticos desse período da Igreja Primitiva foram nuançados e alterados por copistas posteriores, e são muito poucos: 1.

O martírio de Policarpo; 2. Atas de Ptolomeu e Lúcio; 3. Atas de Justino e companheiros; 4. Mártires de Lyon; 5. Atas dos Mártires de Silícia; e 6. Paixão de Perpétua e Felicidade.8 8 MOSS, C. The Mith of Persecution: how early christians invented a story of martyrdom.

New York: Harper Collings, 2013, p.61-125. Os demais relatos foram ou longamente copiados e aumentados, ou compostos longo tempo depois dos acontecimentos, por pessoas que não haviam encontrado testemunhas oculares dos eventos descritos e menos ainda tinham elas sido testemunhas. Boa parte dos textos descartados eram romances religiosos, longos em aventuras e intrigas e curtos em probabilidade e esmero.

Outros eram de um anacronismo implausível e referentes a instituições, ideias e conceitos que não existiam no tempo em que viviam seus protagonistas. Outros ainda eram falsificações que copiavam a forma, o estilo e por vezes até as palavras de martírios anteriores.

  • Outros parecem ser literalmente casas construídas sobre a areia: possuem protagonistas que nunca existiram”.9 9 Ibid., p.91-92.
  • Percebe-se, nos autores, a intenção de comparar o mártir a modelos cristãos, como o próprio Cristo, ou com os Macabeus e outras figuras bíblicas, mas também com sábios da cultura grega, como Sócrates.

Existe mesmo uma Ata na qual o autor acabou por copiar narrativas da vida de Sidarta Gautama (conhecido como Buda) e atribuí-las ao mártir. A tradição que surgiu dessas atas afirmava que os cristãos sofreram 10 perseguições durante o Império Romano. Esse número, como se verá, não se sustenta e é mais do que provável que ele tenha sido escolhido inspirando-se nas 10 pragas do Egito, contadas pelo livro do Êxodo.

  1. Seriam fautores delas: 1.
  2. Nero (ano 64); 2.
  3. Domiciano (ano 95); 3.
  4. Trajano (anos 108-112); 4.
  5. Marco Aurélio (ano 177); 5.
  6. Setímio Severo (ano 202); 6.
  7. Maximino Trácio (ano 236); 7.
  8. Décio (anos 249-251); 8.
  9. Valeriano (anos 257-258); 9.
  10. Aureliano (anos 270-275); 10.
  11. Diocleciano: Grande perseguição (anos 303-305), retomada por Maximiano Daia (311-313).

Se houve perseguições, qual teria sido a lei que foi seguida para tanto? Deixamos de lado as perseguições de cristãos promovidas por judeus, como se pode constatar no texto canônico dos Atos dos Apóstolos e em outros textos da tradição cristã. Também não nos adentramos na concepção de Estado do Novo Testamento, a qual orientou a atitude dos cristãos ante o poder romano.10 10 Cf., a respeito: CULLMANN, O.

Der Staat im Neuen Testament.2. ed. Tübingen: J.B. Mohr, 1961. A tradição dizia que os milhares de mártires foram executados por ordens válidas em todo o império e emanadas do imperador. Isso, porém, tornou-se questionado nos últimos tempos. A esse respeito, surgiram três opiniões.11 11 Cf., a propósito: VLOSOK, A.

Die Rechtsgrundlagen der Christenverfolgungen der ersten zwei Jahrhunderte. In: KLEIN, R. (Ed.). Das frühe Chistentum im Römischen Reich. Darmstadt: WBG, 1971, p.275-301. Cf. MARUOTTI, L.S. op. cit., p.2-4; REVES, J.B. The Persecution of Christians and Ideas of Community in The Roman Empire (disponível em: http://www.academia.edu/5382548/The_Persecution_of_Christians_and_Ideas_of_Community_in_the_Roman Empire,

Acesso em: 28 ago.2014). antiga e confusa floresta de leis” 16 16 TERTULIANO, Apologeticum, 4, 7; apud MARUOTTI, op. cit., p.2. ; ela também não explica por que até o edito de Décio, em 250, só houve esporádicas ações contra os cristãos e por que também os demais autores cristãos, que sustentaram a existência de uma lei persecutória, não souberam citar qual foi esta lei.

“Na verdade, as disposições às quais fazem referência Tertuliano e Lactâncio parecem não serem especificamente anticristãs, mas sim normas tradicionais sobre a preservação da tradicional religião politeísta pagã, e voltadas a impedir cultos novos e estrangeiros”.17 17 MARUOTTI, op.

  • Cit., p.3.
  • A autora, no mesmo local, mostra que tal legislação de proteção ao culto romano era mencionada já por Cícero (De legibus 2.8.19 8), Tito Lívio (Historia 4.3.11) e Tácito (Annales, 3, 60-64).
  • Além disso, observe-se que, em geral, os editos imperiais eram normas dirigidas para questões específicas de uma região, ficando a aplicação ao arbítrio do governante; elas tinham caráter transitório, perdendo a validade com a morte do autor, ou mesmo antes.18 18 Cf.

REVES, op. cit., p.206-207; MARUOTTI, op. cit., p.3. Excetuando-se a legislação sobre crimes comuns, a única lei em que se poderiam basear os funcionários imperiais para condenar os cristãos, até a perseguição de Décio, era a Lex Iulia de majestate, destinada a punir os rebeldes, e dela valeu-se Pilatos, ao condenar Jesus.

  1. Ora, a Lex Iulia não se voltava especificamente contra os cristãos.
  2. Uma segunda opinião via a perseguição como condenação devido à recusa dos cristãos, por inertia, pertinacia ou obstinatio, a celebrar os cultos tradicionais de Roma.
  3. Isso teria ocorrido mais nas províncias que em Roma e, portanto, interessando mais aos governadores que ao imperador, de sorte que as ações contra os cristãos, em vez de seguirem o trâmite do processo judicial, ficavam sob o poder discricionário dos governadores, a fim de, pela coerção ( coercitio ), manter a ordem pública.

A opção religiosa podia facilmente transformar-se em política, e quem não cultuasse os deuses e o imperador se tornava apóstata da religião oficial e sujeito a ser enquadrado como traidor ou como réu de crime de lesa-majestade. Sem dúvida, nos primeiros tempos, não houve perseguição voltada diretamente contra os fiéis, mas, aos poucos, principalmente nas províncias, começou-se a considerar crime o simples fato de ser cristão.T.

Mommsen, 19 19 MOMMSEN, Th. Der Religionsfrevel nach römischen Recht, in: Historische Zeitschrift. München/ Leipzig: H. Oldenbourg, 1890, p.389-429. Mommsen usou a palavra coerção (coertitio) para indicar a ação das autoridades com o fito de obrigar os cristãos a abandonar a fé.M. Conrat, 20 20 CONRAT, M.

Die Christenverfolgungen im römischen Reiche vom Standpunkte des Juristen. Aalen: Scientia Verlag, 1973 (Nachdruck von Leipzig 1897).E.G. Hardy 21 21 HARDY, E.G. Christianity and the Roman Government: a study in imperial administration.3. ed. London: G. Allen & Unwin, 1925.

e W.M. Ramsay 22 22 RAMSAY, W.M. The Church in the Roman Empire before A.D.170. London: Hodder and Stoughton, 1892. defenderam essa posição. Outros, como E.T. Merrill 23 23 MERRILL, E.T. Essays in early christian history. London: Macmillan and Co, 1924. e S.L. Guterman 24 24 GUTERMAN, S.L. Religious toleration and persecution in ancient Rome, London: Aiglon Press, 1951.

, viam a condenação como crime por pertencer a uma facção ilícita ou a uma religião externa ou nova. Contra essa opinião, L.S. Maruotti argumenta que as Atas dos Mártires, nas quais esses autores se fundamentam, reproduzem protocolos processuais regulares.25 25 MARUOTTI, op.

Cit., p.3. Além disso, prossegue a autora, ficam algumas questões não esclarecidas, pois a teoria dá a entender que havia certa unanimidade entre os diferentes oficiais romanos, no trato com os cristãos, não se explicando igualmente o motivo pelo qual os governadores de províncias resolveram exercer a coercitio primeiramente contra os cristãos 26 26 REVES, op.

cit., p.206-207. Enfim, uma terceira posição considerava a perseguição como punição por parte do poder policial, em defesa da ordem pública. Os cristãos eram punidos, portanto, pelo direito penal comum, do qual os funcionários se valiam para impor a pena que julgassem cabível, e os cristãos seriam então punidos não pelo fato de serem cristãos, mas por violarem as leis romanas, como nos crimes de ateísmo, lesa-majestade, magia, superstição e os flagitia, isto é atos torpes, como incesto, infanticídio, refeições onde se servia carne humana, rituais de morte etc.

  1. Quem por primeiro defendeu essa hipótese foi E.
  2. Le Blant 27 27 LE BLANT, E.
  3. Sur les bases juridiques des poursuites dirigées contre les martyres.
  4. Comptes rendues de l’Academie des Inscriptions et Belles Lettres, v.10, n.1, p.358-373, 1866.
  5. E, com as devidas nuanças, ela é aceita nos últimos tempos pela maioria dos estudiosos.

De fato, leis e editos imperiais contra os cristãos, bem como determinações do senado, válidos em todo o império, foram poucos e só surgiram a partir do ano 250. O que houve geralmente foram medidas tomadas por governadores, por procônsules e outros administradores locais, quando não pela turba amotinada.

Nem havia então legislação classificando como sacrilégio o fato de não se prestar culto aos deuses: o culto prestado pelos cristãos a seu Deus podia ser motivo de desconfiança para os pagãos, mas, nos primeiros tempos, não era considerado crime.28 28 Uma leitura, que em muito coincide com as três teorias aqui apresentadas, é feita por Diogo da Silva, em: “As perseguições aos cristãos no império romano (séc.

I-IV): dois modelos de apreensão” ( http://www.revistajesushistorico.ifcs.ufrj.br/arquivos7/ARTIGO-DIOGO-DA-SILVA.pdf, Acesso em: 25 ago.2014). Trata-se do debate surgido na década de 1960. De um lado, G.E.M. de Ste Croix (com “Why were the Early Christians persecuted? Past and Present.n.26, p.6-38; 1963; Id.

  • Why were the Early Christians persecuted? – A Rejoinder”, Past and Present, n.27, p.28-33, 1964), afirmando que o motivo principal das perseguições foi a concepção romana de que os cristãos, recusando-se a adorar as divindades romanas, rompiam a pax deorum.
  • De outro lado A.N.
  • Sherwin-White (em “Why were the Early Christians persecuted? – An amendment”, Past and Present.n.27, p.23-27, 1964), retomando Mommsen e outros, defendia que o motivo das perseguições foi a “contumácia”, isto é, a obstinação dos cristãos em não cair na apostasia e não reverenciar os deuses nem prestar culto ao imperador.

Tomando uma posição diferente, Paul Veyne, em um artigo denominado Culto, piedade e moral no paganismo greco-romano (2009), argumenta que o motivo maior foi o hibridismo de que eram acusados os cristãos que, tendo a mesma cultura romana e as mesmas categorias de pensamento, eram diferentes, evitando conviver com os outros, não participando de festas e espetáculos e não cultuando os deuses.

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Tem que pagar para ir no Coliseu?

Como visitar o Coliseu? – Para visitar o Coliseu é preciso reservar o dia e o horário do passeio com antecedência. A partir da data selecionada, pelas próximas 24h, o turista pode conhecer também o Monte Palatino e o Fórum Romano. O passeio completo custa € 18 (entre R$ 95 e R$ 100), já com a taxa de reserva, no site Coop Culture,

Qual melhor dia para visitar Coliseu?

Planeje sua visita durante os dias de semana, pois você poderá experimentar menos multidões e ter mais tempo para explorar o monumento, bem como as subattrações próximas pacificamente e em seu próprio tempo doce. Novmeber a março – A baixa estação começa em novembro e continua até março.

Quando o Coliseu é gratuito?

Quando é grátis entrar no Coliseu? – Onde Fica O Coliseu Vista do Coliseu| ©Craig Zdanowicz No primeiro domingo de cada mês, o Coliseu abre suas portas gratuitamente para todos os visitantes que desejam conhecer seu interior. Como você pode imaginar, as filas são enormes e as grandes multidões podem estragar a visita.

Quanto tempo dura o passeio do Coliseu?

Quanto tempo devo passar dentro do Coliseu se eu for visitá-lo por conta própria? – Onde Fica O Coliseu Coliseu Romano| ©Martijn Vonk Outra opção para visitar a área por conta própria é comprar seus ingressos para o Coliseu por conta própria (recomendo que você sempre faça isso on-line e com antecedência para garantir a disponibilidade e evitar as filas no dia da sua visita).

Quanto custa para visitar o Vaticano?

Quanto custa o ingresso para os Museus do Vaticano? – O bilhete para entrar nos Museus do Vaticano com prioridade, custa em média € 26 (inteira) e € 17 para jovens entre 6 e 18 anos, sendo que as crianças com menos de 6 anos não pagam. Já o bilhete conjunto, que inclui os Museus do Vaticano e a Capela Sistina, custa € 26,50 (inteira) e € 20,50 (reduzida).

Que horas fecha o Coliseu?

Qual é o horário de funcionamento do Coliseu? O horário de funcionamento do Coliseu é das 9h às 16h30. A última entrada é uma hora antes do horário de fechamento e o Coliseu permanece fechado nos dias 25 de dezembro e 1º de janeiro.

Qual o Coliseu mais antigo do mundo?

6. Anfiteatro Romano de Pompeia – O anfiteatro de Pompeia, na Itália, é o mais antigo coliseu romano ainda existente. Ele foi construído no ano 70 a.C. e podia receber até 20 mil espectadores, que eram separados da arena por um parapeito decorado com afrescos retratando gladiadores. Onde Fica O Coliseu Crédito, Getty Images Legenda da foto, A ‘Palestra Grande dei Gladiatori’ e o anfiteatro romano de Pompeia, na Itália A medida foi cancelada no ano 62 d.C, depois que um forte terremoto atingiu a cidade. E, 17 anos depois, o anfiteatro foi sepultado, com todo o restante da cidade, durante a erupção do monte Vesúvio. Onde Fica O Coliseu Crédito, Getty Images Legenda da foto, Antes da erupção do Vesúvio que soterrou a cidade, um conflito entre espectadores fez com que o Senado romano proibisse as lutas de gladiadores no anfiteatro de Pompeia

O que aconteceu com os cristãos no Coliseu?

Os cristãos martirizados no Coliseu eram mortos sendo lançados às feras, como leões, ou crucificados. Alguns imperadores eram mais cruéis, como Nero, que criou espetáculos noturnos em que os cristãos crucificados eram queimados, transformando-se em tochas humanas para iluminar a arena.

Qual a melhor época para viajar para Roma?

Roma Roma é uma cidade ocupada por história e mitologia. Fontes, palacetes e templos aparecem a cada curva; os prédios mais novinhos que você verá terão 150 anos. Juntinho ao centro da cidade, ruínas imperiais desafiam a sua imaginação. Um outro império, porém, resiste, do outro lado do Tibre: o Vaticano.

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No Campo de’ Fiori, no Trastevere, em San Giovanni e no Testaccio nossos colegas ainda são minoria. A época ideal é primavera: abril e maio têm pouca chuva e a temperatura encosta nos 20 graus de vez em quando. Junho ainda é encarável, mas julho e agosto são para os fortes : além do calorão, é preciso enfrentar as multidões que todo meio do ano repetem as invasões bárbaras.

O outono (a partir de meados de outubro) é menos interessante do que a primavera porque é mais chuvoso. Mas é preferível ao verãozão. No inverno, temperaturas mínimas próximas de zero afugentam as hordas. É uma época interessante – desde que você vá com tempo sobrando (os dias são curtos) e não tenha medo de frio.

Todas as outras cias. européias levam a Roma com uma conexão. Se o seu ponto de partida for de qualquer lugar da Itália continental, chegue a Roma de, De outros países da Europa, porém, venha de avião. Trânsfers aeroporto/hotel/aeroporto Fiumicino: Dá pra ficar na região do Termini ? Se não desse para ficar, não haveria taaantos hotéis por lá. Não é perigoso, mas é mal-encarado. Por isso meu conselho é: antes de se render ao Termini, tente em lugares mais agradáveis. Campo de’ Fiori e Trastevere têm alguns hotéis simpáticos. Monti, no meio do caminho entre o Termini e o centro histórico, é um centro hoteleirinho interessante. (Já o Vaticano acho fora de mão.)

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: Roma

Qual o estado atual do Coliseu em Roma?

O que o Coliseu atualmente? – Mesmo que atualmente o Coliseu esteja em runas, continua a impressionar pelo seu tamanho e beleza, e por isso que desde 2007 considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Atualmente, o Coliseu Romano o smbolo de Roma no mundo, foi considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo e tornou-se um tesouro histrico e arqueolgico que capaz de nos lembrar a grandeza do Imprio Romano.

Como o Coliseu está hoje em dia?

Mestrado em História (UFJF, 2013) Graduação em História (UFJF, 2010) Este artigo foi útil? Considere fazer uma contribuição: Ouça este artigo: O Coliseu era utilizado para vários espetáculos durante o Império Romano e, hoje, é um dos principais pontos turísticos da Itália.

Construído entre os anos 70 e 90, o Coliseu foi uma obra iniciada por Vespasiano e inaugurada somente por Tito, De tamanho magnífico, a obra romana era capaz de hospedar 50 mil espectadores para os seus mais variados espetáculos. A princípio, era constituído de três andares, mas Alexandre Severo e Giordano III impulsionaram obras para acrescentar mais um andar e, assim, ampliar a capacidade da arena para 90 mil pessoas.

O Coliseu foi construído em um local que havia sido devastado pelo Grande Incêndio de Roma durante o governo de Nero, As obras, então, serviram para animar a população e também para integrar a tão famosa política do pão e circo, A construção passaria a abrigar os mais interessantes espetáculos da época, como luta de gladiadores e execuções.

Para celebrar o fim das obras, Tito ordenou jogos iniciais, no ano 80. O fim do governo de Tito foi seguido por catástrofes como erupção, novo incêndio em Roma e surto de peste. Com a situação apaziguada, iniciaram-se cem dias de jogos para entreter a população e foi aí que o Coliseu foi tomado de uma série de atrações.

O Coliseu também é chamado de Anfiteatro Flaviano em função de uma grande estátua de Nero que ficava próximo ao local. Durante aproximadamente 500 anos sua utilização foi intensa. O monumento foi a sede principal dos espetáculos até o governo do imperador Honório, no século V.

  1. Nesta época, o Coliseu foi danificado por um terremoto que exigiu uma grande reforma do imperador Valentiniano III,
  2. O último registro que dá conta de sua utilização é referente ao século VI.
  3. A partir daí, já iniciando a Idade Média, o Coliseu deixou de ser local de espetáculos e passou a ser utilizado para habitação, oficina, forte, pedreira, sede de ordens religiosas e templo cristão.

Ao longo dos séculos XV e XVI, foi saqueado muitas vezes e, assim, perdeu-se muito dos materiais nobres que dele fizeram parte durante muito tempo. No século seguinte, XVII, o papa Bento XIV o declarou como lugar sagrado. Por muito tempo, o Coliseu serviu de propaganda e difusão da filosofia da civilização romana.

Quantos cristãos foram mortos no Coliseu?

As perseguições contra os cristãos constituem um dos acontecimentos mais estudados na História do Cristianismo e na História de Roma. A esse respeito, são inúmeros os documentos existentes desde o início do segundo século de nossa era, tanto da parte dos pagãos, como da parte dos cristãos.

Tomando esses documentos por base, cabe a pergunta: qual foi o estatuto jurídico no qual se basearam as autoridades romanas para perseguir os cristãos? Procuro mostrar, neste texto, que de início eram aplicadas contra eles as leis criminais vigentes. Só mais tarde se tornou crime o fato de ser cristão.

Mas leis persecutórias válidas em todo o império apenas surgiram a partir do ano 250, e foram abolidas em 313. Direito romano; Perseguição aos cristãos; História do Cristianismo; Império Romano The persecutions against Christians constitute one of the most studied events in the history of Christianity and in the history of Rome.

From the beginning of the second century onwards, extant documents by pagans and Christians are numerous. Based on these documents, we may ask: what was the legal basis for the Roman authorities’ persecution of the Christians? I try to show in this paper that, initially, established criminal laws were applied.

Only later did it become a crime to be a Christian. However, punitive laws valid in the whole Empire only emerged about the year 250, being abolished in 313. Roman law; Persecution of Christians; History of Christianity; Roman Empire Quando iniciei a redação deste texto sobre o estatuto jurídico das perseguições de cristãos no Império Romano, pensei no número dos justiçados pelo poder público, e veio-me à mente um fato persecutório paralelo: a Inquisição, durante a qual algumas lideranças da Igreja Católica também tiraram a vida de outras pessoas, geralmente pelo crime de dissidência em questões de fé.

Retomei então leituras antigas e, para me atualizar, procurei na Internet o que havia sobre o tema “Inquisição”. Não posso deixar de dizer que me espantei. Um autor afirmou que a Igreja Católica, através da Inquisição, matou entre 70 e 100 milhões de “hereges”. Outro, mais moderado, reduziu a 40 milhões.

Outros aludiram às dezenas de milhares de bruxas queimadas (D. Brown, em O código de Da Vinci, declara que a Igreja queimou mais de 5 milhões de mulheres). A Inquisição não deixa de ser uma página negra na História da Igreja Católica, porém, o número de condenados à morte por ela, e que foram executados, não atingiu 10 mil pessoas 2 2 Estudos recentes de Rino Camillieri, La Vera Storia dell’ Inquisizione, Casale Monferrato, ed.

  • PIemme 2001, p.17 (cf.: http://www.ibs.it/code/9788838463433/cammilleri-rino/vera-storia-dell.html ), mostram que houve cerca de 50 mil processos, em toda a história da Inquisição, mas apenas uma ínfima minoria acabou sendo levada à morte.
  • Na Espanha, onde mais violenta foi a Inquisição, os condenados à morte foram cerca de 800, o que equivale a 1,8% dos indiciados.

No mesmo site acima indicado, Agostino Borromeo, em uma entrevista, salienta que, na Espanha, as acusações contra bruxas levaram a 49 mortes, na Itália, foram 36 e, em Portugal, 4 (Agostino Borromeo foi o organizador do volume L’inquisizione: atti del Simposio internazionale: Città del Vaticano, 29-31 ottobre 1998, Città del Vaticano, Biblioteca Apostolica.

  • Esse Simpósio, que reuniu inúmeros historiadores, realizou-se quando da abertura dos arquivos do Santo Ofício, por ordem do papa João Paulo II.
  • Participaram do encontro, como conferencistas ou como especialistas, estudiosos vindos da Itália, França, Espanha, Portugal, Malta, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Dinamarca, República Tcheca, Estados Unidos e Canadá.

Sobre esse tema, em língua portuguesa, cf. também AQUINO, F. Para entender a Inquisição.3. ed. Lorena: Cleofas, 2010; PERNOUD, R. A Idade Média: Que não nos ensinaram. São Paulo: Agir, 1964; ROPS, H.D. A Igreja das Catedrais e das Cruzadas. São Paulo: Quadrante, 1993, v.3.

  • Isso durante aproximadamente 500 anos.
  • Ora, a Revolução Francesa, em nome de Liberté Egalité, Fraternité, nos poucos meses do Terror, guilhotinou entre 16 mil e 40 mil citoyens.
  • De Mao-Tse Tung, Hitler, Stalin e Pol-Pot, não é necessário falar.
  • E um olhar ao presente mostra Fidel Castro, ainda hoje herói das esquerdas e bajulado por governos, que mandou para o Paredón cerca de 17 mil pessoas, sem falar dos milhares que morreram afogados, ao tentarem fugir da ilha.

E os mártires? Quantos foram os que perderam a vida nas perseguições? A tradição cristã falava em centenas de milhares, em milhões de cristãos que o Império Romano haveria vitimado entre a perseguição de Nero (ano 64 D.C.) e a revogação das leis de Diocleciano pelo edito de Milão, em 313.

Mas, como aconteceu com a Inquisição, os historiadores dos últimos séculos, dispondo de muitos dados e adotando técnicas modernas de pesquisa, após uma acurada revisão, concluem que o número de mártires foi bem menor, ficando em aproximadamente 18.000.3 3 R. Gonzalez Salinero, (Le persecuzioni contro i cristiani nell’impero romano.

Approccio critico, Graphe. it Edizioni, 2009) afirma que não passaram de 3 mil os mártires cristãos até o edito de 313. Já L.S. Maruotti (Sul fondamento giuridico delle persecuzioni dei cristiani, p.1.), com quem concordo, ressalta que o número de mártires deve ter sido de aproximadamente de 18.000 (disponível em: laura http://www.studitardoantichi.org/einfo2/file/Solidoro.pdf,

Acesso em: 25 ago.2013). Texto importante e recente sobre o Cristianismo primitivo encontra-se em PIETRI, L. (Org.). Histoire du Christianisme I, Le noveau peuple (des origines à 250). Paris: Desclée, 2000. Cf. também JOSSA, G. I Cristiani e l’impero romano da Tiberio a Marco Aurelio. Roma: Carocci, 2000. Em língua portuguesa: DREHER, M.

A Igreja no Império Romano. São Leopoldo: Sinodal, 1993. O que sabemos hoje a respeito dos mártires cristãos durante o Império Romano fundamenta-se em três fontes: a) as fontes romanas, tanto textos escritos como comprovantes arqueológicos (tais como as inscrições das catacumbas); b) a descrição de martírios cristãos em escritores eclesiásticos; e c) as histórias sobre os mártires, conhecidas como “Atas dos Mártires”.

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As fontes romanas escritas são relativamente poucas, podendo-se citar, além de inscrições e documentos oficiais, entre outros, os textos de historiadores, como Públio Cornélio Tácito (50-120 DC) 4 4 As datas de nascimento e morte, aqui apresentadas, são quase todas elas aproximadas., Caio Suetônio Tranquilo (69141), Plínio, o Moço (69-114), Dião Cássio (155-230).

Documentos de cristãos dos primeiros séculos, abordando o martírio, são encontráveis em maior número, como, por exemplo, a Carta aos Coríntios do papa Clemente I (35-97), diversos textos de são Justino, Mártir (103-164), de Atenágoras (133-190), de santo Irineu (130-202), de Quinto Tertuliano (160- 220), de Orígenes (185-254), de são Cipriano (200-258), de Lúcio Lactâncio (240320), de Eusébio de Cesareia ( 265- 339).

Por eles, temos muitas informações, que precisam, porém, ser lidas com olho clínico. Também sabemos muito através dos Padres da Igreja que se seguiram, como Ambrósio (339-397), Jerônimo (347-420), João Crisóstomo (349-407), Agostinho (354-430) e Paulo Orósio (385-420). Problemáticas se apresentam as histórias de martírio, conhecidas como Acta Martyrum (Atas dos mártires).

Trata-se, na forma como as temos, de narrações de martírios escritas por pessoas que viveram muitas décadas ou séculos depois, as quais, em boa parte dos casos, não possuem fundamento histórico. E tais Acta se encontram em grande número 5 5 Cf., a respeito: LANATA, G.

Gli Atti dei Martiri come documenti processuali. Milano: Giuffré, 1973. Muitas vezes, aludem a mártires que não existiram, mas que são muito venerados até hoje, como são Jorge ou são Cristóvão; ou se referem a fatos imaginados, como o de que o profeta Elias, do Antigo Testamento, seria o fundador da Ordem dos Carmelitas; ou repetem histórias idênticas, atribuindo-as a personagens diversas.

Nessas Atas, houve até casos em que perseguidores temidos de uma região aparecem em lugares e tempos bem diferentes em outras. Assim, por exemplo, Anulinus, pro cônsul no norte da África no governo de Diocleciano, foi um modelo de perseguidor cuja atividade se estende até o norte da Itália, e especificamente sob os governos de Nero, Valeriano, Galieno, Maximiano e Diocleciano.6 6 MOREAU, J.

Die Christenverfolgung im Römischen Reich. Berlin: Töpelmann, 1961, p.13, Anulinus teria então vivido cerca de 280 anos! O trabalho crítico de avaliação dessas fontes iniciou-se com os Bollandistas. Em 1643, o jesuíta belga João Bolland, dando prosseguimento ao que iniciara seu confrade Héribert Rosweyde, lançava os dois primeiros volumes das Acta Sanctorum 7 7 Sobre o trabalho dos Bolandistas, cf.

DELEHAYE, H. The Work of the Bollandistes throught Three Centuries: 1615-1915. Bruxelles: Société des Bollandistes, 1959; GODDING, R.; JOASSART, B.; LEQUEUX, X.; DE VRIENDT, F. De Rosweyde aux Acta Sanctorum. La recherche hagiographique des Bollandistes à travers quatre siècles.

  1. Bruxelles: Société des Bollandistes, 2009.
  2. Desde 1882, é publicada a revista Analecta Bollandiana, com um total de 134 números até hoje.
  3. Um resumo da história e do trabalho dos Bollandistas encontra-se na Enciclopédia Católica on-line: http://ec.aciprensa.com/wiki/Bolandistas,
  4. Acesso em: 24 ago.2013).

O projeto dos Bollandistas foi o de publicar a documentação referente aos santos do dia, celebrados no Martirológio, não se limitando, pois, apenas aos mártires dos primeiros séculos., que, no total, chegam hoje a 69 volumes. Para tanto, foram vasculhados arquivos em mosteiros, catedrais, bibliotecas e outras instituições de toda a Europa.

  1. Valendo-se do método histórico-linguístico, eles chegaram a resultados inesperados, constatando que, das Atas de mártires que perderam a vida antes do ano de 250 DC, quando da chamada perseguição do imperador Décio, umas poucas possuem fundamento histórico.
  2. Até mesmo os relatos autênticos desse período da Igreja Primitiva foram nuançados e alterados por copistas posteriores, e são muito poucos: 1.

O martírio de Policarpo; 2. Atas de Ptolomeu e Lúcio; 3. Atas de Justino e companheiros; 4. Mártires de Lyon; 5. Atas dos Mártires de Silícia; e 6. Paixão de Perpétua e Felicidade.8 8 MOSS, C. The Mith of Persecution: how early christians invented a story of martyrdom.

New York: Harper Collings, 2013, p.61-125. Os demais relatos foram ou longamente copiados e aumentados, ou compostos longo tempo depois dos acontecimentos, por pessoas que não haviam encontrado testemunhas oculares dos eventos descritos e menos ainda tinham elas sido testemunhas. Boa parte dos textos descartados eram romances religiosos, longos em aventuras e intrigas e curtos em probabilidade e esmero.

Outros eram de um anacronismo implausível e referentes a instituições, ideias e conceitos que não existiam no tempo em que viviam seus protagonistas. Outros ainda eram falsificações que copiavam a forma, o estilo e por vezes até as palavras de martírios anteriores.

  1. Outros parecem ser literalmente casas construídas sobre a areia: possuem protagonistas que nunca existiram”.9 9 Ibid., p.91-92.
  2. Percebe-se, nos autores, a intenção de comparar o mártir a modelos cristãos, como o próprio Cristo, ou com os Macabeus e outras figuras bíblicas, mas também com sábios da cultura grega, como Sócrates.

Existe mesmo uma Ata na qual o autor acabou por copiar narrativas da vida de Sidarta Gautama (conhecido como Buda) e atribuí-las ao mártir. A tradição que surgiu dessas atas afirmava que os cristãos sofreram 10 perseguições durante o Império Romano. Esse número, como se verá, não se sustenta e é mais do que provável que ele tenha sido escolhido inspirando-se nas 10 pragas do Egito, contadas pelo livro do Êxodo.

  • Seriam fautores delas: 1.
  • Nero (ano 64); 2.
  • Domiciano (ano 95); 3.
  • Trajano (anos 108-112); 4.
  • Marco Aurélio (ano 177); 5.
  • Setímio Severo (ano 202); 6.
  • Maximino Trácio (ano 236); 7.
  • Décio (anos 249-251); 8.
  • Valeriano (anos 257-258); 9.
  • Aureliano (anos 270-275); 10.
  • Diocleciano: Grande perseguição (anos 303-305), retomada por Maximiano Daia (311-313).

Se houve perseguições, qual teria sido a lei que foi seguida para tanto? Deixamos de lado as perseguições de cristãos promovidas por judeus, como se pode constatar no texto canônico dos Atos dos Apóstolos e em outros textos da tradição cristã. Também não nos adentramos na concepção de Estado do Novo Testamento, a qual orientou a atitude dos cristãos ante o poder romano.10 10 Cf., a respeito: CULLMANN, O.

  1. Der Staat im Neuen Testament.2. ed.
  2. Tübingen: J.B.
  3. Mohr, 1961.
  4. A tradição dizia que os milhares de mártires foram executados por ordens válidas em todo o império e emanadas do imperador.
  5. Isso, porém, tornou-se questionado nos últimos tempos.
  6. A esse respeito, surgiram três opiniões.11 11 Cf., a propósito: VLOSOK, A.

Die Rechtsgrundlagen der Christenverfolgungen der ersten zwei Jahrhunderte. In: KLEIN, R. (Ed.). Das frühe Chistentum im Römischen Reich. Darmstadt: WBG, 1971, p.275-301. Cf. MARUOTTI, L.S. op. cit., p.2-4; REVES, J.B. The Persecution of Christians and Ideas of Community in The Roman Empire (disponível em: http://www.academia.edu/5382548/The_Persecution_of_Christians_and_Ideas_of_Community_in_the_Roman Empire,

Acesso em: 28 ago.2014). antiga e confusa floresta de leis” 16 16 TERTULIANO, Apologeticum, 4, 7; apud MARUOTTI, op. cit., p.2. ; ela também não explica por que até o edito de Décio, em 250, só houve esporádicas ações contra os cristãos e por que também os demais autores cristãos, que sustentaram a existência de uma lei persecutória, não souberam citar qual foi esta lei.

“Na verdade, as disposições às quais fazem referência Tertuliano e Lactâncio parecem não serem especificamente anticristãs, mas sim normas tradicionais sobre a preservação da tradicional religião politeísta pagã, e voltadas a impedir cultos novos e estrangeiros”.17 17 MARUOTTI, op.

  • Cit., p.3.
  • A autora, no mesmo local, mostra que tal legislação de proteção ao culto romano era mencionada já por Cícero (De legibus 2.8.19 8), Tito Lívio (Historia 4.3.11) e Tácito (Annales, 3, 60-64).
  • Além disso, observe-se que, em geral, os editos imperiais eram normas dirigidas para questões específicas de uma região, ficando a aplicação ao arbítrio do governante; elas tinham caráter transitório, perdendo a validade com a morte do autor, ou mesmo antes.18 18 Cf.

REVES, op. cit., p.206-207; MARUOTTI, op. cit., p.3. Excetuando-se a legislação sobre crimes comuns, a única lei em que se poderiam basear os funcionários imperiais para condenar os cristãos, até a perseguição de Décio, era a Lex Iulia de majestate, destinada a punir os rebeldes, e dela valeu-se Pilatos, ao condenar Jesus.

Ora, a Lex Iulia não se voltava especificamente contra os cristãos. Uma segunda opinião via a perseguição como condenação devido à recusa dos cristãos, por inertia, pertinacia ou obstinatio, a celebrar os cultos tradicionais de Roma. Isso teria ocorrido mais nas províncias que em Roma e, portanto, interessando mais aos governadores que ao imperador, de sorte que as ações contra os cristãos, em vez de seguirem o trâmite do processo judicial, ficavam sob o poder discricionário dos governadores, a fim de, pela coerção ( coercitio ), manter a ordem pública.

A opção religiosa podia facilmente transformar-se em política, e quem não cultuasse os deuses e o imperador se tornava apóstata da religião oficial e sujeito a ser enquadrado como traidor ou como réu de crime de lesa-majestade. Sem dúvida, nos primeiros tempos, não houve perseguição voltada diretamente contra os fiéis, mas, aos poucos, principalmente nas províncias, começou-se a considerar crime o simples fato de ser cristão.T.

Mommsen, 19 19 MOMMSEN, Th. Der Religionsfrevel nach römischen Recht, in: Historische Zeitschrift. München/ Leipzig: H. Oldenbourg, 1890, p.389-429. Mommsen usou a palavra coerção (coertitio) para indicar a ação das autoridades com o fito de obrigar os cristãos a abandonar a fé.M. Conrat, 20 20 CONRAT, M.

Die Christenverfolgungen im römischen Reiche vom Standpunkte des Juristen. Aalen: Scientia Verlag, 1973 (Nachdruck von Leipzig 1897).E.G. Hardy 21 21 HARDY, E.G. Christianity and the Roman Government: a study in imperial administration.3. ed. London: G. Allen & Unwin, 1925.

  • E W.M. Ramsay 22 22 RAMSAY, W.M.
  • The Church in the Roman Empire before A.D.170.
  • London: Hodder and Stoughton, 1892.
  • Defenderam essa posição.
  • Outros, como E.T.
  • Merrill 23 23 MERRILL, E.T.
  • Essays in early christian history.
  • London: Macmillan and Co, 1924. e S.L.
  • Guterman 24 24 GUTERMAN, S.L.
  • Religious toleration and persecution in ancient Rome, London: Aiglon Press, 1951.

, viam a condenação como crime por pertencer a uma facção ilícita ou a uma religião externa ou nova. Contra essa opinião, L.S. Maruotti argumenta que as Atas dos Mártires, nas quais esses autores se fundamentam, reproduzem protocolos processuais regulares.25 25 MARUOTTI, op.

  1. Cit., p.3.
  2. Além disso, prossegue a autora, ficam algumas questões não esclarecidas, pois a teoria dá a entender que havia certa unanimidade entre os diferentes oficiais romanos, no trato com os cristãos, não se explicando igualmente o motivo pelo qual os governadores de províncias resolveram exercer a coercitio primeiramente contra os cristãos 26 26 REVES, op.

cit., p.206-207. Enfim, uma terceira posição considerava a perseguição como punição por parte do poder policial, em defesa da ordem pública. Os cristãos eram punidos, portanto, pelo direito penal comum, do qual os funcionários se valiam para impor a pena que julgassem cabível, e os cristãos seriam então punidos não pelo fato de serem cristãos, mas por violarem as leis romanas, como nos crimes de ateísmo, lesa-majestade, magia, superstição e os flagitia, isto é atos torpes, como incesto, infanticídio, refeições onde se servia carne humana, rituais de morte etc.

  • Quem por primeiro defendeu essa hipótese foi E.
  • Le Blant 27 27 LE BLANT, E.
  • Sur les bases juridiques des poursuites dirigées contre les martyres.
  • Comptes rendues de l’Academie des Inscriptions et Belles Lettres, v.10, n.1, p.358-373, 1866.
  • E, com as devidas nuanças, ela é aceita nos últimos tempos pela maioria dos estudiosos.

De fato, leis e editos imperiais contra os cristãos, bem como determinações do senado, válidos em todo o império, foram poucos e só surgiram a partir do ano 250. O que houve geralmente foram medidas tomadas por governadores, por procônsules e outros administradores locais, quando não pela turba amotinada.

Nem havia então legislação classificando como sacrilégio o fato de não se prestar culto aos deuses: o culto prestado pelos cristãos a seu Deus podia ser motivo de desconfiança para os pagãos, mas, nos primeiros tempos, não era considerado crime.28 28 Uma leitura, que em muito coincide com as três teorias aqui apresentadas, é feita por Diogo da Silva, em: “As perseguições aos cristãos no império romano (séc.

I-IV): dois modelos de apreensão” ( http://www.revistajesushistorico.ifcs.ufrj.br/arquivos7/ARTIGO-DIOGO-DA-SILVA.pdf, Acesso em: 25 ago.2014). Trata-se do debate surgido na década de 1960. De um lado, G.E.M. de Ste Croix (com “Why were the Early Christians persecuted? Past and Present.n.26, p.6-38; 1963; Id.

Why were the Early Christians persecuted? – A Rejoinder”, Past and Present, n.27, p.28-33, 1964), afirmando que o motivo principal das perseguições foi a concepção romana de que os cristãos, recusando-se a adorar as divindades romanas, rompiam a pax deorum. De outro lado A.N. Sherwin-White (em “Why were the Early Christians persecuted? – An amendment”, Past and Present.n.27, p.23-27, 1964), retomando Mommsen e outros, defendia que o motivo das perseguições foi a “contumácia”, isto é, a obstinação dos cristãos em não cair na apostasia e não reverenciar os deuses nem prestar culto ao imperador.

Tomando uma posição diferente, Paul Veyne, em um artigo denominado Culto, piedade e moral no paganismo greco-romano (2009), argumenta que o motivo maior foi o hibridismo de que eram acusados os cristãos que, tendo a mesma cultura romana e as mesmas categorias de pensamento, eram diferentes, evitando conviver com os outros, não participando de festas e espetáculos e não cultuando os deuses.

Qual é o nome da capital da Itália?

Resumo sobre a Itália –

A Itália é um país localizado na Europa Meridional. Tem como capital a cidade de Roma, onde fica também o Estado do Vaticano, É banhada pelo mar Mediterrâneo e composta ainda por regiões autônomas, como as da Sicília e Sardenha. Seu clima é predominantemente mediterrâneo, enquanto o relevo varia entre montanhoso e plano. Existem vulcões ativos no país, concentrando-se na região sul. Possui 60,46 milhões de habitantes, 70% dos quais vivem nas cidades. Sua capital, Roma, é a cidade mais populosa, com mais de quatro milhões de habitantes. Sua economia se concentra no setor de serviços, com destaque para o turismo. A indústria é referência no setor automobilístico, que responde por parte significativa das exportações, Sua produção agrícola se concentra no sul do país. É o país com o maior número de sítios listados pela U nesco como patrimônio da humanidade.